SILVIA PRIETO, Martín Rejtman

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Ficção, 1999, 92’

​No dia em que faz vinte e sete anos, Silvia Prieto (uma singular Rosario Blesfári) decide mudar a sua vida. Não sabemos quase nada de como era antes e seguimo-la numa cadeia de acções e encontros com uma engenhosa galeria de personagens que, afinal, são familiares. Soltamos pontas atadas e percebemos que quase nada é o que parece. E ainda bem, chama-se “entrega”. Rejtman, com este filme, um dos mais importantes da história do cinema argentino, leva-nos para dentro do seu universo. A multiplicação do eu até desaparecer, o canário que não canta, uns quarenta e oito cafés e vinte garotos, objectos, sempre os objectos, um casaco Armani e o frango cortado em doze partes iguais. Obsessão e detalhes porque por favor, uma mulher é uma mulher, reza Godard citado neste filme.

> Locarno 1999

Realização Martín Rejtman | Argumento Martín Rejtman, Valeria Paván | Fotografia Paula Grandío | Montagem Gustavo Codella | Som Néstor Frenkel, Javier Ntaca, Víctor Tendler | Interpretação Rosario Bléfari, Marcelo Zanelli, Susana Pampin, Gabriel Fernández Capello (Vicentico), Valeria Bertuccelli | Produção Martín Rejtman, Hernán Musaluppi