RAPADO, Martín Rejtman

03-rapado

Ficção, 1995, 75’

Rapado foi um dos filmes precursores do Nuevo Cine Argentino que nasce naquele deserto de utopias que foi a década de 90, e que instaurou um ritmo novo, visual e narrativo. É também a primeira longa de Rejtman e marca o início desta poética própria que descasca a artificialidade da classe média que vive noites longas e vidas curtas. Estreou em Rotterdam e em Locarno em 1992 mas só em 1996 na Argentina. Diz Rejtman: deixei o tempo passar e ainda bem (…) não podia ouvir como se falava no cinema argentino, não podia mostrar lugares como se mostravam. Roubam a mota, o dinheiro e as sapatilhas ao Lúcio. Ele rapa o cabelo e vai tentar roubar uma mota parecida. Pelo caminho, videogames, cassetes, encontros fortuitos, uma profunda solidão e, aqui e ali, os sinais dos tempos.

> Locarno 1992

Realização Martín Rejtman | Argumento Martín Rejtman | Fotografia José Luis García | Montagem Garry Lane | Som Gabriel Coll Barberis, Javier Salinas | Interpretação Ezequiel Cavia, Damián Dreizik, Mirta Busnelli, Horacio Peña, Lucas Marty, Cecilia Biagini, José Glusman, Pichón Baldinu, Verónica Llinás | Produção Martín Rejtman, Aries Cinematográfica Argentina